Aos 17 anos, estudante de Xique-Xique é aprovado em três universidades para medicina
Rick Rodrigues vai estudar Medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
O sorriso estampado no rosto de Elis Regina, mãe de Rick, tem dono. O filho caçula, Rick Rodrigues, de 17 anos, que sempre foi motivo de orgulho agora vai estudar Medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora/MG. Para qualquer mãe, só isso seria motivo para estar delirando de felicidade, mas a história do adolescente é diferente. “Desde pequena, a minha filha, Carla Regina, sempre brincou com ele de ‘escolinha’, junto com as colegas dele; lá em casa tinha um quadro onde ela fazia as atividades, ela era a professora e ele o aluno, e ali ela foi ajudando ele, incentivando”, conta a mãe Elis Regina, que é professora.
Rick Rodrigues é de Xique-Xique, na Bahia, e com sete anos, veio de mudança da Bahia para Governador Valadares. Curioso, observador, sempre gostou de se sentir desafiado na escola, e com quatro anos já conseguia ler sozinho. Questionada por vários professores, sua mãe, começou a buscar orientação profissional para explorar o talento do filho. “Na época, a professora ficou preocupada porque ele ‘tava’ acima da média das demais crianças, porém, ele não tinha idade, e ela ficou preocupada dele não poder acompanhar pra escrever pelo quadro, mas ele deu conta de tudo e surpreendeu todo mundo”, explica Elis.
O estudante fez o ensino médio no Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG, e ajudava aos outros alunos com mais dificuldades. Como se não bastasse, também conseguiu uma bolsa de estudos em um cursinho particular. O segredo do sucesso de Rick veio do foco e da determinação; no ensino Médio, ele estudava mais de 12 horas por dia. Hoje, com apenas 17 anos, o adolescente conseguiu ser aprovado em três vestibulares de Medicina, sendo todos federais. “A ficha nem caiu ainda, sabe? Aí você olha pra trás e vê que tudo valeu a pena, é uma emoção muito grande”, conta Rick.
A trajetória do estudante nem sempre foi fácil. Por causa da dificuldade em aprender, afirma que chegou a sofrer perseguição nas escolas onde estudou. “Sofri bullyng, perseguição na escola”, diz o adolescente. “Desde lá do interior da Bahia, que os colegas ficavam pressionando ele, davam livros pra ele, porque não acreditavam que ele estava lendo, chegando ao ponto da diretora da escola chegar pra os alunos e falar: ‘deixa ele’ em paz!”, conta Elis.
conselho do adolescente Rick.
O adolescente se sente pronto para a nova jornada, e vestiu a camisa do curso, aliás, o ‘jaleco’. Animado com a mudança e com o início das aulas, o futuro dr. Rick Rodrigues deixa um conselho para os colegas que continuam em busca de uma cadeira na Universidade. “Procure pessoas, professores que te apoiam, porque eu tive professores que foram muito importantes pra minha formação; e nunca desistir, pois se você lutar vai conseguir”.
As informações são do site Página Revista.