Aliados pressionam para que ACM Neto assuma fundação Índigo, vinculada ao União Brasil
Organização da fundação fica a cargo da liderança do partido.
Desde que agradeceu os votos dados pelo baianos na disputa pelo governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil) tem o nome cogitado para assumir alguns postos, já que não tem mandato eletivo. Apesar das possibilidades, incluindo estar na iniciativa privada, a que mais tem agradado a aliados e com chances reais é de assumir a presidência da Fundação Índigo.
De acordo com interlocutores próximos ao ex-prefeito de Salvador, a principal defesa dos aliados é para que Neto assuma a fundação ligada ao União Brasil. A Índigo promove as ações do partido e busca “preparar novos líderes políticos, gestores públicos e cidadãos com visão liberal, democrática e crítica de mundo”.
Atualmente na secretaria-geral do União Brasil, Neto tem as atividades partidárias dificultadas. Na presidência da fundação, Neto conseguiria participar de eventos relacionados do partido, conseguindo “realizar política” de forma institucional.
Além da realização de cursos e palestras, Neto ficaria responsável pela gestão financeira, já que a Índigo pode “receber recursos do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário) para manutenção e execução de suas atividades de doutrinação e educação política”. A organização da fundação ainda fica a cargo da liderança, com estrutura interna própria.
“O Instituto ou Fundação e o União Brasil, em cada início de ano, poderão elaborar projetos consensuais para o desenvolvimento de cursos que forem custeados pelas verbas recebidas do Fundo Partidário”, aponta o estatuto do União Brasil.
O atual presidente da fundação é o ex-ministro da Educação e deputado federal eleito por Pernambuco, Mendonça Filho. Com mandato, o ajuste para que Neto assumisse a presidência seria facilitado. Filho compõe a ala do União Brasil ligada a ACM Neto, onde são aliados nos bastidores da legenda.
SEM CARGOS FEDERAIS
A chegada na presidência da Índigo fulminaria com as possibilidades aventadas para a chegada de Neto em cargos da gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Opositor do partido na Bahia, Neto conseguiria manter a isenção para ser oposição no estado