Primeira ordem de Lula a militares será acabar com atos em quartéis
Presidente eleito que colocar fim em atos que pedem intervenção militar
Desde o fim da eleição presidencial, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam o resultado democrático, acampam em frente a quartéis de todo o Brasil para pedir intervenção militar. Perto de tomar posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá dar, como primeira ordem aos novos comandantes das Forças Armadas, que eles coloquem fim nos atos.
Lula compartilhou com parlamentares de sua base aliada que trataria com os generais um plano para encerrar as aglomerações e acampamentos no entorno das organizações militares. As informações são do Estadão.
Em reunião com aliados na quinta-feira, 8, Lula disse que gostaria de conversar com os futuros comandantes logo, já que acabar com os atos nos quartéis era uma de suas prioridades. O petista disse aos líderes do Avante que considera as concentrações um “desrespeito” às próprias Forças Armadas.
Os oficiais-generais que assumirão Exército, Marinha e Aeronáutica já foram selecionados por José Múcio Monteiro, que será ministro da Defesa do governo Lula. O assunto tem de ser levado aos generais porque os atos ocorrem em perímetro de segurança de área militar, sob a responsabilidade dos comandos das Forças Armadas.
Os atuais comandantes das Forças Armadas, indicados no governo Bolsonaro, publicaram carta em que expressam apoio às manifestações de inconformidade com o resultado das eleições, desde que não ocorram “excessos”. Com isso, permitem que pedidos de intervenção militar sigam acontecendo na entrada dos quartéis.