Ministério da Saúde não tem planos para ampliar vacinação em 2023
Equipe de transição de Lula prevê dificuldades para aquisição de imunizantes
O Ministério da Saúde do governo Bolsonaro não apresentou planejamento para produção ou compra de imunizantes que seja capaz de impulsionar a vacinação no ano que vem.
Não está previsto que no próximo ano haverá mais doses do que em 2022. Desde 2016, a cobertura vacinal está em queda.
Instituto Butantan informou que não tem nenhum contrato assinado com a pasta para aquisição de vacinas ao PNI (Programa Nacional de Imunização) em 2023 —isso inclui doses de imunizantes contra tuberculose e poliomielite, por exemplo. Segundo Dimas Covas, diretor executivo da Fundação Butantan, apenas no último dia 13 o ministério enviou uma solicitação de proposta para compra de 80 milhões de vacinas da gripe. Esse acordo já deveria estar fechado pelo menos desde novembro. “Nós já encaminhamos a proposta e estamos no aguardo. Mas só houve indicativo de resolução da vacina da gripe, não para as demais”, diz.
No caso da CoronaVac, Dimas diz que o Butantan parou a produção há quatro meses, após o governo fazer a última compra de doses. “Temos aqui ainda 2,5 milhões de doses, ao mesmo tempo que temos ouvido vários estados com a segunda dose [para o público infantil] atrasada. Não houve manifestação sobre aquisição, e aguardamos o próximo governo definir sobre a CoronaVac.”.