Chuvas: 28 municípios que decretaram estado de emergência em 2021 voltaram a determinar urgência neste ano
Até o momento, mais de 188 mil habitantes foram afetados pelos temporais, sendo que 20 mil estão desalojados.
O mês de dezembro tem sido um período de aflição para diversos municípios baianos por conta das fortes chuvas que têm atingido o estado. Até o momento, mais de 188 mil habitantes foram afetados pelos temporais, sendo que 20 mil estão desalojados.
Há municípios que recorrentemente são os mais afetados pelo período de chuvas na Bahia, principalmente os que pertencem à região Sul (Extremo Sul e Litoral Sul). Até o momento, 28 cidades que decretaram estado de emergência no dia 25 de dezembro de 2021 voltaram a determinar urgência por causa dos temporais registrados neste ano. Destas,13 são do trecho sulista da Bahia.
Os municípios que decretaram estado de emergência no ano passado e em 2022 foram:
Outras regiões fortemente atingidas pelas chuvas são o Médio Rio de Contas e o Sudoeste, que são áreas “vizinhas”. O Rio de Contas transbordou no último final de semana, causando a inundação de algumas cidades da região. Ipiaú, que foi uma das cidades que decretou estado de emergência em 2021, voltou a sofrer com os temporais e está com a ponte da cidade interditada.
REDUÇÃO NA QUANTIDADE DE AFETADOS
Enquanto em 2021 havia 66 cidades em estado de emergência, neste ano esse número subiu para 69. Porém, de acordo com dados da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), a quantidade de habitantes afetados pelas chuvas caiu 101%, indo de 378.286 para 188.104.
A quantidade de baianos desabrigados também registrou uma forte queda, com um recuo de 140% em comparação com o ano passado, caindo de 4.185 desalojados para 1.740, segundo o último boletim enviado pela Sudec.
Vale lembrar que em 2021 houve um fenômeno meteorológico incomum na Bahia, o que culminou em uma maior força das chuvas. A zona de convergência do Atlântico Sul teve sua atuação “reforçada” por um ciclone, causando a Tempestade de Ubá, e levou a uma série de enchentes não só na Bahia, mas também em Minas Gerais.
O presidente dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Bahia (CBH-BA), Anselmo Caires, também relacionou as catástrofes com a falta de apoio governamental aos comitês do Sul e Extremo Sul da Bahia em relação ao planejamento hídrico dos municípios, que normalmente são os mais afetados pelas chuvas.