Jerônimo reclama ao ser questionado sobre Ideb e critica “cultura de reprovar estudante”

Rodrigues disse que informações que passam são deturpadas.

O candidato a governador da Bahia pelo PT e ex-secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, demonstrou desconforto ao ser questionado sobre os resultados considerados insatisfatórios do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do Estado nos últimos anos. Na manhã desta quinta-feira (8), o petista foi sabatinado na rádio Sociedade.

Durante a entrevista, o candidato não gostou quando a apresentadora Silvana Oliveira disse que “se nós, Bahia, fôssemos um aluno, estaríamos reprovados desde 2013”.

“Não é 2013”, rebateu o petista. “Fomos nós do PT que criamos a avaliação. Deixa eu terminar. Respeito muito bem as mulheres, fui criado por mulher. Não vou ser pressionado dessa forma. As informações que passam são deturpadas. Não existia no Brasil a avaliação de aprendizagem. Fomos nós que tivemos a coragem de criar. O Estado investia e não avaliava se o menino aprendia. […] Em dois anos elevei [o índice] em quatro casas decimais”, defendeu-se.

Considerando todos os anos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas, a Bahia atingiu 3,5 no Ideb, ficando abaixo da meta para 2019, que era de 4,5.

Jerônimo disse ainda que, durante a pandemia, o Estado focou em evitar a evasão escolar. E, ao falar novamente sobre o Ideb, disse que é preciso “consertar a reprovação”. “Temos que avaliar a história, não se resolve a educação em três, quatro anos. Podíamos maquiar. O que indica Ideb é reprovação. Temos uma cultura de reprovar estudante, principalmente preto e pobre. O menino é bom estudante, mas é ‘danado’, reprova. Temos que consertar a reprovação. Outra coisa é a evasão escolar; quando o menino é pobre, ele não termina a escola, tem que sair para trabalhar”, completou.

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