Depois de fracasso na Bahia e derrota de Bolsonaro, Roma tenta abrigo em governo de Tarcísio em SP

Com o fechamento das perspectivas políticas para ele na Bahia, onde a eleição a deputada federal da mulher, Roberta, será insuficiente para que exerça qualquer liderança expressiva no Estado, o deputado federal João Roma (PL), candidato derrotado do bolsonarismo ao governo, teria passado a articular sua indicação para uma vaga no secretariado do governador eleito de São Paulo, Tarcízio de Freitas (PL).

Ele estaria fazendo as gestões para convencer Tarcízio a nomeá-lo para uma pasta do futuro governo junto a Jair Bolsonaro (PL) sob o argumento de que são necessários estímulos ao grupo mais fiel de seguidores do presidente, derrotado no último dia 30 de outubro nas urnas, para manter o bolsonarismo vivo e pulsante. Enfrentaria, entretanto, dificuldades por causa de pelo menos duas situações.

A primeira é o comportamento errático do presidente, que às vezes parece aceitar, mas em outras dá mostras de que ainda resiste em acreditar na derrota, revelando não ter espaço para tratar de qualquer outras questões senão aquelas de seu interesse mais direto, como definir o que fará e como sobreviverá à enxurrada de ações na Justiça que deverá enfrentar a partir de janeiro do ano que vem.

A outra dificuldade residiria no próprio governador eleito de São Paulo. Interessado em fazer uma gestão que funcione como uma vitrine para seu plano de concorrer à Presidência da República, em 2026, ele deseja auxiliares de sua máxima confiança e competência. Tarcízio chegou a viajar ontem para os EUA, adiando a transição por cerca de uma semana, afim de evitar exatamente pressões do bolsonarismo por indicações no governo.