Segurança de Lula e agentes do GSI têm novo mal-estar

Gabinete atuou no local porque estava prevista a participação do vice-presidente Hamilton Mourão, no evento.

Agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que atuavam na segurança da posse do ministro Bruno Dantas na presidência do TCU (Tribunal de Contas da União), na manhã de quinta-feira (15), se retiraram do local antes do fim do evento e geraram um novo episódio de mal-estar com a equipe de segurança do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O GSI é um órgão ligado à Presidência da República e atualmente é comandado pelo general Augusto Heleno, um dos ministros mais próximos de Jair Bolsonaro (PL).

O gabinete trabalhou na segurança do TCU porque estava prevista a participação do vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos).

Os agentes do gabinete atuaram na revista de convidados com pórticos de detecção de metal. Mas, quando foram informados de que Mourão havia cancelado sua presença, os agentes do GSI desmontaram os pórticos e se retiraram do local.

Apesar da ausência de Mourão, participaram da solenidade diferentes autoridades, como Lula, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), ministros do governo Bolsonaro e diversos integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com integrantes da transição que acompanharam o ocorrido, a saída repentina do GSI da corte foi criticada pela segurança de Lula, que se viu obrigada a substituir os detectores de metal para dar continuidade à revista de convidados ao ato.

Apesar disso, integrantes da equipe comandada pelo delegado Andrei Passos Rodrigues, indicado por Lula para ser o novo diretor-geral da Polícia Federal, disseram que não houve prejuízos à proteção do presidente eleito.

Procurado pela reportagem, o GSI disse que desmobilizou seus agentes após o cancelamento da ida de Mourão à sede do tribunal. “O GSI, no cumprimento de suas atribuições legais, realizou os procedimentos de segurança previstos para viabilizar a presença do vice-presidente no local”, disse o gabinete, em nota.

“Tendo sido cancelada a participação da autoridade, a equipe do GSI foi desmobilizada, já que não lhe cabia realizar, conforme a legislação vigente, a segurança da solenidade nem de qualquer outra autoridade presente.”

O TCU disse que “é de praxe a atuação do GSI nas cerimônias oficiais do tribunal quando presidente da República e vice-presidente da República são convidados”. “O GSI se retirou após confirmação de que essas autoridades não estariam presentes na posse”, afirmou a corte de contas.

O episódio desta quarta-feira no TCU não foi o primeiro atrito entre o GSI e a equipe de segurança de Lula.

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