Escolha de nome para o Inema gera mal estar dentro do PV

Futuro secretário do Meio Ambiente é enteado do senador Jaques Wagner.

A escolha de Eduardo Sodré para o comando da Secretaria de Meio Ambiente não agradou ao Partido Verde. A legenda pleiteava a vaga e tinha grande expectativa em fazer a gestão da pasta.

Fontes do partido mostraram surpresa com a indicação de Sodré. Segundo alguns quadros do PV, ainda havia a expectativa de uma reunião com o governador eleito Jerônimo Rodrigues para que o destino da pasta fosse decidido. O partido também esperava que o anúncio da indicação fosse acontecer somente na próxima semana, quando a terceira parte do secretariado será revelada.

“Os deputados estão todos chateados com o tratamento que o PV está recebendo do governo, visto que o PV teve uma votação expressiva. Nós temos tamanho para ter no mínimo duas secretarias”, disse um quadro do partido em condição de anonimato. Até o momento, no futuro governo, a sigla tem garantida a Secretaria de Turismo (Setur) que continuará sob o comando de Maurício Bacelar.

O Partido Verde se uniu ao PT e PCdoB na Federação Brasil da Esperança. Na Bahia, o partido elegeu os deputados estaduais Vitor Bonfim, Marquinhos Viana, Ludmilla Fonseca e Roberto Carlos. Para a Câmara, o PV elegeu Bacelar.

Antes mesmo do anúncio do titular da Sema, a Frente Socioambientalista, um grupo composto por cerca de 150 entidades distribuídas de todos os territórios do estado, elaborou carta aberta a Jerônimo no qual abordam problemáticas e levantam diretrizes para mudar a condução da gestão Socioambiental na Bahia.

Em contato com o BN, ambientalistas disseram que a indicação do novo secretário gerou um misto de surpresa e pessimismo. Eles acreditam que a escolha dará continuidade as ações da gestão da atual titular da pasta, Márcia Cristina Telles, que é bastante criticada pela categoria.

 

CONCORRÊNCIA DESLEAL

Escolhido por Jerônimo Rodrigues para ser o titular da Sema, Eduardo Sodré é enteado do senador Jaques Wagner (PT). Questionado sobre o peso do padrinho político de Sodré, um membro influente do PV admitiu que a disputa foi injusta. “Com Wagner não tem como competir”, pontuou.

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