Paulo Coelho critica governo Lula: ‘seu novo mandato está patético’
Escritor diz se arrepender de ter se empenhado na campanha do petista, em 2022
O escritor Paulo Coelho disse que se arrepende de ter se empenhado na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência em 2022 e afirmou que o mandato do petista à frente do governo federal está “patético”.
Em manifestação no Twitter, Coelho argumentou que as altercações de Lula com o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e as críticas ao Banco Central não são sinais de uma boa gestão.
“Décadas apoiando @LulaOficial, noto que seu novo mandato está patético. Cair na trampa de ex-juiz desqualificado, incapacidade de resolver problema do BC, etc. Não devia ter me empenhado na campanha. Perdi leitores (faz parte) mas não estou vendo meu voto ter valido a pena”, escreveu ele neste domingo (26) na rede social.
Na última semana, Lula se envolveu em uma série de polêmicas, ao dizer que pensava em se vingar de Moro quando esteve preso. O presidente também desacreditou uma operação da Polícia Federal para desarticular um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra o ex-juiz da Lava Jato.
As declarações ocorrem no momento em que o presidente da República ainda patina para formar uma base de apoio no Congresso e não conseguiu emplacar uma marca na agenda do governo.
Lula também lidera uma cruzada contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele questiona a política adotada pela autoridade monetária, pressionando-o pela redução dos juros e motivando aliados a fazer críticas públicas.
Esta não é a primeira vez que Paulo Coelho critica a comunicação de Lula. Em maio de 2022, Coelho afirmou que a “incontingência verbal” de Lula poderia levar à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o escritor cobrava uma reformulação da comunicação do petista e maior investimento nas redes sociais.
Coelho é membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e é um dos escritores brasileiros mais conhecidos internacionalmente. Autor de best-sellers como O Alquimista, O Diário de um Mago e 11 Minutos, ele vendeu mais de 320 milhões de livros, com tradução para cerca de 83 idiomas.