Wagner diz que juíza substituta segue ‘mesmo padrão de Moro’ na Lava Jato
Segundo o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, o ex-governador da Bahia recebeu recursos desviados da Petrobras.
Ao comentar a operação “Sem Fundo” da Polícia Federal, o ex-governador da Bahia e senador eleito Jaques Wagner (PT) afirmou que a juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sérgio Moro no processo da Lava Jato, segue o “mesmo padrão” do futuro ministro da Justiça. Hardt autorizou a ação desta sexta-feira (23) da PF que apura suposto superfaturamento na sede da Petrobras em Salvador (veja aqui).
“Não vou fazer juízo de valor. Se a operação aconteceu [hoje], foi preparada antes. Não é feita da noite para o dia. Prefiro esperar o que vai ser noticiado para comentar. Mas continua seguindo o mesmo padrão do Moro, da Lava Jato como um todo, de prender primeiro e explicar depois”, afirmou, em entrevista coletiva, durante entrega pelo governador reeleito Rui Costa (PT) do primeiro trecho da Avenida 29 de Março.
Wagner ressaltou, ainda, que desconhecia detalhes da operação. “Só sei o que saiu na imprensa até agora”, afirmou. Segundo o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que firmou acordo de colaboração premiada, o ex-governador da Bahia recebeu recursos desviados da Petrobras na construção da sede para campanha de 2006.
Em entrevista coletiva no Paraná, os investigadores negaram a participação de Wagner na operação desta sexta. Na Bahia, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro cidades: Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho e Camaçari.