Morte de subtenente: veículos da equipe de segurança de ACM Neto estavam sendo monitorados e PF é provocada
“Quem deu o comando para monitorar esses veículos?”, questionou Neto que não descartou envolvimento com eleição.
O candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), revelou nesta quinta-feira, que veículos que trabalham em sua campanha estavam sendo “monitorados”. Além disso, abordagens policiais simultâneas foram feitas em integrantes da sua equipe, inclusive em uma ocorrência com os candidatos Cacá Leão (senador) e Ana Coelho (vice-governadora).
Dias após as situações narradas, aconteceu a desastrosa ação que culminou na morte do subtenente Alberto Alves, que foi morto por PMs da Cipe Cacaueira enquanto dormia, em um hotel da cidade de Itajuípe. Logo em seguida, o governador Rui Costa afirmou que tratava-se de confronto e uma ação continuada que teria sido iniciada em outro município. A versão é contestada.
Um dos sobreviventes, o sargento D’Almeida que recebeu três tiros de fuzil e dois pistolas, aguardou uma hora para ser socorrido. Ele revelou que não aconteceu troca de tiros.
Neto esteve no sepultamento de Alves e se solidarizou com a família. Ele revelou que Alves fazia parte do seu grupo político há mais de 20 anos e chegou a trabalhar na Casa Militar com o ex-governador Paulo Souto.
“Era um policial militar honrado e servidor que sempre cumpriu o seu papel com lealdade e correção”, disse visivelmente abalado: “ninguém vai devolver a vida do subtenente Alves para sua família”.
“Não houve troca de tiros e o subtenente foi morto quando estava dormindo. Na ponta sem dúvida nenhuma você tem uma operação policial desastrosa. Esse é um ponto”, afirma.
Neto também disse que é necessário uma “investigação da Polícia Federal”, pois há “fundamentos” para isso.
“Quem deu o comando para monitorar esses veículos?”, questionou Neto que não descartou envolvimento com eleição.
“Está claro que houve monitoramento. Não quero concluir nada. Quero que a Polícia Federal investigue. O assunto é gravíssimo. Dois veículos de nossa equipe estavam sendo monitorados. Os dois veículos que saíram de Salvador estavam sendo monitorados. Porque monitorar veículos que serviam para uma campanha eleitoral e que eram conduzidos exclusivamente por policiais militares? O que justifica esse monitoramento?“, questionou ACM Neto.
DA REDAÇÃO