Aliados de Bolsonaro dizem temer ‘pacote de maldades’ com chegada de Lula ao Planalto
Entorno do presidente o aconselhou a 'submergir politicamente' para tentar evitar 'perseguição'
Aliados de Jair Bolsonaro estão tensos com o que chamam de “pacote de maldades” a ser aplicado contra ele pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 1º de janeiro de 2023.
Bolsonaristas dão como certo que sofrerão com uma “perseguição cruel e implacável” em várias frentes, do levantamento de sigilo de informações incômodas à revelação de informações que poderiam desencadear processos e investigações e impedi-lo de disputar novas eleições.
Segundo a equipe da coluna apurou, militares do círculo íntimo do chefe do Executivo dão como certa a revogação, a conta-gotas, dos sigilos decretados por ele em documentos do governo.
Por isso, têm aconselhado o presidente a submergir nos primeiros meses para tentar diminuir o ímpeto dos petistas e apaziguar os ânimos.
Entre as informações que podem vir a público com a revogação do sigilo imposto por Bolsonaro estão os dados sobre quem visitou a primeira-dama Michelle no Palácio da Alvorada, o processo interno do Exército contra o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello, os documentos referentes ao processo de aquisição da vacina indiana Covaxin e a apuração da Receita Federal sobre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”. São todos temas espinhosos para o clã presidencial, mas de interesse público.