Governo lançará licitação para afundar embarcações na Baía de Todos-os-Santos, em Salvador
Ultimo naufrágio controlado aconteceu em novembro de 2020, quando o ferry-boat Agenor Gordilho foi afundado.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo (Setur), irá lançar a licitação para o afundamento de duas embarcações na Baía de Todos-os-Santos até a primeira semana de fevereiro. O titular da pasta, Maurício Bacelar, informou que o governo espera ter um gasto em torno de R$ 800 mil com a contratação da empresa, podendo variar para menos com a competição entre as companhias.
O afundamento das embarcações estava primordialmente previsto para o ano passado, mas o naufrágio controlado acabou sendo adiado para um aprimoramento dos estudos. Bacelar explicou que a medida exige cuidados ambientais, além de uma análise física para que a embarcação continue no fundo do mar.
“É um processo bastante complexo. A empresa, além de fazer todo o trabalho de limpeza do navio de qualquer coisa que possa poluir, também é quem faz a operação de engenharia de afundar o navio para que ele, ao afundar, fique e assente no fundo do mar em pé. Demanda todo um estudo, por isso ainda não conseguimos licitar”, explicou Bacelar.
Apesar das dificuldades, o secretário bancou que a licitação deve sair entre o final de janeiro e a primeira semana de dezembro. As embarcações que serão naufragadas são o ferry-boat Juracy Magalhães, que pertence ao governo, e o casco do navio-varredor Anhatomirim, que foi cedido pela Marinha.
“Garanto que fazemos a licitação agora em janeiro ou, no mais tardar, na primeira semana de fevereiro. Uma das embarcações é nossa, é da antiga companhia de navegação baiana e a outra foi doada pela Marinha”, disse o secretário.
Bacelar explica que o afundamento dos navios é para fomentar o turismo subaquático na região, promovendo visitação das embarcações naufragadas por meio de mergulhos na Baía de Todos-os-Santos.
O último naufrágio controlado aconteceu em novembro de 2020, quando o ferry-boat Agenor Gordilho foi afundado na região entre o Largo da Vitória e o Yatch Club da Bahia, na Ladeira da Barra. Na ocasião, foi feito um buraco no casco da embarcação, provocando a entrada de água e a consequente submersão.
