Lula e Bolsonaro entram na disputa, e eleição para a presidência do Senado vira ‘terceiro turno’

Petista libera ministros e acena com cargos, enquanto ex-mandatário tenta reverter votos

Três meses após o fim da eleição , Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) travam uma nova queda de braço, desta vez para emplacar um aliado no comando do Senado. De um lado, o atual presidente mobilizou seus ministros e a base governista para reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG), favorito na disputa. Do outro, o antigo titular do Palácio do Planalto entrou em campo nos últimos dias para ajudar Rogério Marinho (PL-RN), seu ex-ministro, a conquistar votos de indecisos.

Para ser reeleito presidente do Senado, Pacheco tem o apoio formal do PT, MDB, PDT e PSB, que, somados ao PSD, contam com 42 senadores, um a mais do que o necessário para ser eleito. Marinho, por sua vez, comanda um bloco de 23 parlamentares composto por PL, PP e Republicanos. Assim, ambos buscam parlamentares de siglas que ainda não declararam um lado na disputa, como União Brasil, PSDB e Podemos, que, juntos, têm 19 representantes.

Assim que voltou da viagem que fez à Argentina e ao Uruguai, na semana passada, Lula se reuniu com Pacheco para traçar estratégias. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também tem se empenhado para atrair votos ao senador do PSD. Até agora, apenas partidos da base declararam oficialmente apoio a Pacheco.

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