Morro do Chapéu está pronto para receber ‘ETs’ rejeitados por China e EUA
Município é considerado um dos principais sítios ufológicos de grandes atividades do Brasil.
O aparecimento de objetos voadores não identificados (ovnis) nos céus dos Estados Unidos, Canadá e China, nos últimos dias, fez a imaginação dos baianos decolarem. O estudo sobre a existência de vida fora do planeta terra é sério, e a Bahia está tão inserida nessa discussão que o município de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, é considerado uma base de análise. Mas essa seria mesmo uma questão de outro planeta?
Enquanto as duas maiores potências mundiais travam a batalha de narrativas, no interior da Chapada Diamantina os moradores de Morro de Chapéu observam o noticiário com curiosidade. É que a pequena cidade de 35 mil habitantes é famosa pelas aparições de óvnis e ETs. É até difícil encontrar alguém na cidade que nunca tenha ouvido uma história envolvendo alienígenas.
A prefeitura aproveitou a fama para apostar no turismo e inaugurou a Praça do Disco Voador, no ano passado. No centro do espaço foi instalada uma réplica feita em 1991 pelo ufólogo Alonso Régis, um dos principais nomes da área no país, com base em um objeto que ele teria avistado aos 12 anos – hoje ele tem 81.
O disco tem 6,8m de diâmetro, pesa cerca de 40 toneladas e ficava na propriedade de Alonso, que é cearense de nascimento, mas foi morar em Morro do Chapéu para intensificar sua pesquisa. O município é considerado um dos principais sítios ufológicos de grandes atividades do Brasil, e foi a primeira cidade com registro de óvni na região, isso ainda em 1892.
O antigo presidente do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) e editor da revista UFO (sigla em inglês equivalente a ovni), Ademar Gevaerd, era uma das grandes referências no assunto. Ele morreu em dezembro do ano passado.
“Nós consideramos a Chapada Diamantina uma das grandes áreas onde aparecem discos voadores no Brasil. As chapadas, em geral, são lugares de grande possibilidade de observação desses objetos, porque são altas, estão no serrado, onde a visibilidade é muito boa, e a Diamantina é recordista desses casos”.
Para o chicleteiro Denilson Costa, 40 anos, a explicação para os últimos acontecimentos pode ser bastante simples. “É o Carnaval. Eles vieram para curtir a festa. Observe, só vão localizar novos óvnis agora na Quarta-Feira de Cinzas, porque é quando eles vão embora”, brincou.