Vereadores de Florianópolis rejeitam pela 2ª vez título de cidadão honorário a Gilberto Gil
Na década de 1970, artista foi flagrado e preso com maconha na cidade.
A Câmara de Vereadores de Florianópolis rejeitou, pela segunda vez, o título de cidadão honorário ao músico Gilberto Gil. Foram oito votos favoráveis, seis contrários e duas abstenções na terça-feira (14).
Em 2020, a iniciativa chegou a ser aprovada em primeira votação, mas, como eram necessárias duas votações por maioria absoluta, oito dos 23 foram contra o título na segunda rodada.
Neste ano, a proposta foi feita pelos vereadores Carla Ayres (PT) e Afrânio Boppré (PSOL). Para ser aprovado, o texto precisava de aval de maioria ampla e pelo menos 12 votos a favor.
Na defesa da proposta, Ayres e Boppré argumentaram que Gil cumpre todos esses requisitos. Ainda citam reconhecimentos como cargo de embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU), ocupante de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, a nomeação como “Artista pela Paz” pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), além das premiações no meio musical.
O vereador Gilberto Pinheiro (Podemos) pediu vista e afirmou que discorda sobre os requisitos. “Principalmente não vejo ligação do homenageado com o nosso município”, escreveu o parlamentar, que votou contra a proposição.
Preso na década de 1970
Gilberto Gil chegou a ser preso em Florianópolis na década de 1970, durante a ditadura militar. Na época, ele foi flagrado com maconha no Centro da cidade.
O músico estava em um quarto de hotel da Avenida Hercílio Luz em 15 de julho de 1976 quando ocorreu a situação.