Seabra: Justiça baiana condena delegado da Polícia Civil a 29 anos de prisão
Servidor é acusado de integrar organização criminosa, responsável pelos crimes de tráfico de drogas, obstrução da Justiça, entre outros.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), nesta segunda-feira (10), sentenciou um delegado da Polícia Civil da Bahia, principal investigado pela “Operação Casmurro”, deflagrada pela Corregedoria-Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e pelo Ministério Público da Bahia (MP), em 2021, a 29 anos de prisão, após ser acusado de integrar uma organização criminosa, responsável pelos crimes de tráfico de drogas, obstrução da Justiça, associação ao tráfico, concussão e peculato.
O Juízo de Direito da Vara Crime, Júri, Execuções Penais, Infância e Juventude da Comarca de Seabra, ainda determinou penas de 11 e 14 anos para outros três investigadores da 13ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Seabra, comparsas do delegado, após as investigações apontarem as suas participações.
Com a decisão judicial, os servidores, exceto um dos investigadores da PC que foi penalizado com 11 anos de prisão, deverão cumprir, inicialmente, a pena em regime fechado.
RELEMBRE O CASO
A“Operação Casmurro” foi realizada pelo MP em conjunto com a Força Tarefa de combate a crimes praticados por policiais civis e militares, da Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP). Após a deflagração de três fases, a investigação revelou que a Polícia Civil de Seabra havia descoberto, em junho de 2020, uma extensa plantação de maconha na zona rural de Seabra. Porém, ao invés de incinerar completamente a droga e erradicar a plantação, os policiais receberam propina de R$ 220 mil para permitir a colheita do restante da droga pelos traficantes e ainda ajudaram a transportá-la dentro das viaturas da polícia, para armazenamento em propriedade rural do empresário, até que fossem finalmente enviadas para a cidade de Salvador.