Presidente da Caixa é acusado de assédio e pode perder cargo

O MPF estaria instalando um procedimento de investigação do caso.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, 51 anos, está sendo acusado de assediar sexualmente funcionárias do banco estatal. Em nota, a instituição nega ter conhecimento do caso e diz ter vários mecanismos internos de controle. Ocorre que várias mulheres aceitaram dar depoimentos gravados (mas mantendo suas identidades em sigilo) fazendo relatos detalhados de como se daria o assédio praticado por Pedro Guimarães.

A notícia foi publicada no final da 3ª feira (28.jun.2022) pelo portal de notícias Metrópoles, que divulgou as gravações com as acusações. Várias mulheres, segundo a publicação, foram ao Ministério Público Federal e fizeram os mesmos relatos, que seguem em sigilo. O MPF estaria instalando um procedimento de investigação a respeito dos episódios. Guimarães assumiu o comando da Caixa em janeiro de 2019. Especialista em privatizações, ele foi indicado pelo ministro Paulo Guedes (Economia), de quem já era próximo. Gradualmente, Guimarães se afastou de Guedes e dos demais ministros. Hoje, tem ligação direta com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em Brasília, pessoas do entorno de Bolsonaro acreditam que a melhor solução seja afastar imediatamente Pedro Guimarães da Caixa. Seria uma resposta importante do Planalto, pois Bolsonaro enfrenta dificuldades entre eleitoras, segundo pesquisas de intenção de voto. Pesquisa PoderData realizada de 19 a 21 de junho de 2022 mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem sobre Bolsonaro em uma eventual disputa de 2º turno. O petista tem 52% das intenções de voto, contra 35% do atual presidente.

O cenário para o 1º turno permaneceu estável, registrando oscilações na margem de erro de 2 pontos percentuais. Hoje, o petista tem 44% das intenções.

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