Geração de emprego em outubro recupera perdas que vêm desde o governo Dilma
Crise causada pela Covid prejudicou trabalhadores
O desemprego no Brasil hoje está menor que no fim do governo Dilma Rousseff (PT), em agosto de 2016, quando a taxa de pessoas desocupadas no país era de 11,9%. Em outubro deste ano, o índice ficou em 8,3%, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nesta quarta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ainda há 9 milhões de profissionais fora da força de trabalho.
“Demorou muito para os números melhorarem”, diz Piter Carvalho, economista-chefe da Valor Investimentos. Desde 2014-2015, a gente teve um menor grau de investimentos na economia, e é esse investimento, sobretudo o público, que é o principal indutor do crescimento, o maior gerador de emprego”, afirma.
No encerramento de 2014, a taxa de desemprego do Brasil estava em 6,6%, o menor nível da história até os dias atuais. Mas, o percentual de brasileiros fora do mercado de trabalho começou a disparar já no primeiro ano do segundo mandato da ex-presidente.
A crise da falta de empregos em 2015 foi considerada a pior já registrada, com um aumento de 38% no número de pessoas sem trabalho em um ano, segundo a PNAD. Eram 10 milhões de brasileiros fora do mercado, ante 7,2 milhões no fim de 2014. Em 2015, 9,6% da população em idade ativa estava desempregada, contra 6,9% no ano anterior.
“Naquele momento, houve uma grande crise de confiança, com redução de atividade, por causa, entre outras coisas, da Lava Jato. Mas a crise econômica também nasceu no Banco Central que, durante o governo Dilma, gastou mais do que arrecadou, forçou artificialmente os juros para baixo, com a inflação alta”, avalia o economista Daniel Miraglia, da Integral Group.